
Em certos momentos, não sei se as dúvidas realmente existem. Às vezes, pergunto o que já sei e depois me pergunto se realmente preciso dessas interrogações...
Disso eu não sei, não quero saber.
... ... ...
Mas... agora me veio uma dúvida: como seria a vida sem as interrogações? Chateio-me com algumas perguntas, mas como seria a vida, como seria A minha vida sem as dúvidas? A saudade pode ser substituída pela falta; e as interrogações? quem as substituiria? Sobrariam as vírgulas, as exclamações, os pontos... e ponto! Ponto final, a vida seria ba-ba-qui-ce, repleta de surpresas indesejáveis e fins de conversas por falta de... dúvidas.
E aquela curva da interrogação? Ela quer ser perguntada. Ela não é a reta da exclamação. Ela é um fim de ‘’s’’ dos quadris. È uma concha receptiva, uma boca aberta:
– Vá, me use!
É... é assim que a dúvida nos seduz. O curioso acima de tudo é um seduzido.
A atraente interrogação é quem guia a humanidade, a humanidade tarada..., desejosa...,
que tem direito a tudo, menos de duvidar da dúvida.