quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ave!


ana não conhecia o céu, ana via o céu, mas nunca foi pássaro.
Um dia desses, desprovido de razão, o dia sentiu e foi mais que dia, mais horas, mais que espera. ana voou e ana gastou todo seu vôo em um só dia , ana gastou o que era seu do céu em um só dia. Amanhã ana não viu mais o céu, ana não foi ao céu, uma garra de Mar cortou as asas de ana, o céu era do Mar e não de ana. ana olhava as estrelas e o sol e a lua, sentia o brilho, o calor e o reflexo, mas não eram de ana. ana então caiu e sentiu por ter sido só um devaneio do dia, mas ana agradeceu a todo aquele dia e por não ser Mar e por ter sentido o céu como uma ave voando a seu lado.

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