segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Renda


Gostaria de conhecer uma rendeira, dessas bem velhas, com um monte de palavras. Uma que me contasse coisas fantásticas, misticismos, e histórias de uma vida boa. Sentaria bem perto da renda, esqueceria as minhas bobagens, e a ouviria.
Se eu pudesse ser a rendeira e fabricar com pano e linha uma vida inteira sem querer saber nada além dos netos. Desenhar ponto por ponto um traçado inteiro, sem pressa, sem desespero, sem desistir. Mas não sou rendeira, nem conheço uma que me conte histórias.

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