segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Camaleoa



Busquei dentro de alguma caixa um papel amarelado,mas não, só tinha folhas novas, um punhado de papeis vazios.
A saudade não acaba, ela fica ali, anestesiada por alegriazinhas diárias, mas é ela que acompanha a noite.
Quando aquele passo chegar nessa cidade, as milhares de vidas sumirão, minha espera buscará uma serenata, um papel na porta, um súbito aparecimento, meu peito se abrirá para as eternas alegrias novamente.
Quando existe distância a saudade até se permite ser minguante, mas quando é possível findá-la, quando está ao toque da mão o fim da dor, a saudade é cheia, sem espaço para ponderações e se tudo é sonho, pra que dormir?
Meus braços ainda estão na mesma janela, meu corpo disponível para um rapto.

Um comentário:

Solange Matos disse...

Essa em particular, foi a que eu mais gostei.
Parabéns